Para
quem começou agora, veja nosso dicionário com os termos mais utilizados na
corrida
A corrida possui um vocabulário específico, e não
saber algumas palavras pode deixar um atleta “boiando” nas conversas
durante os treinos e provas, ou sem entender uma instrução do seu
treinador. Para acabar com qualquer dúvida, reunimos em um pequeno
dicionário os principais bordões utilizados nas ruas do Brasil.
Ácido Lático (lactato): composto
orgânico produzido pelos músculos durante exercícios intensos. Provoca fadiga,
dores musculares e cãibras.
Alongamento: série
de exercícios que melhoram a flexibilidade, preparam o corpo para a
atividade física, diminuem as dores musculares depois da corrida, o
risco de lesão e aumentam a agilidade.
Altimetria: é
geralmente representada por gráficos ou mapas, e indica as variações de
altitude no percurso de uma prova. Com isso, o atleta pode visualizar as
subidas e descidas que enfrentará ao longo da corrida.
Amador: aquele
que pratica um esporte por paixão ou em busca de melhor qualidade de vida,
sem receber qualquer retorno financeiro por isso.
Aquecimento: é
a etapa inicial de uma sessão de treinamento, e prepara o corpo para os
exercícios mais intensos. Geralmente é composta por uma caminhada ou trote
leve.
Bater contra o muro: expressão
utilizada por maratonistas, refere-se à marca dos 30 km, quando a sensação de
esforço para completar a prova é tamanha que muitos dizem se assemelhar a
correr de encontro a uma parede.
BC AA: é
um suplemento alimentar composto da combinação dos aminoácidos isoleucina,
leucina e valina. Ajuda na recuperação do sistema muscular, na recuperação
pós-exercício e na melhora do sistema imunológico.
Biomecânica: ciência
que estuda o mecanismo locomotor dos seres vivos, e permite aos atletas
analisar e corrigir a postura e os movimentos para melhorar a performance.
Caloria: é
a quantidade de energia ou calor necessário para elevar a temperatura de
1g de água em 1°C. Expressa o valor energético dos alimentos e da atividade
física.
Caminhada: deslocamento
natural do ser humano que pode ter sua velocidade alterada sem qualquer
tipo de salto entre as passadas. É um exercício aeróbico eficaz para a
saúde.
Coelho: corredor contratado
pelos organizadores de corridas para ditar o ritmo dos atletas durante a prova,
e serve de referência para os outros atletas. Também é chamado de marcador de
ritmo, ou pacemaker.
Condicionamento físico: é
a capacidade de uma pessoa realizar determinadas atividades físicas. A
melhor forma de um indivíduo se manter condicionado é a prática regular de
exercícios.
Core: região
que engloba quadril, abdome e lombar. É considerado o centro de estabilização e
produção de força do corpo.
Corrida: deslocamento
do ser humano em que por alguns instantes os dois pés não mantêm contato
com o solo.
Desidratação: acontece
quando a quantidade ingerida de líquidos é menor do que a eliminada pelo
organismo. Um dos seus primeiros sintomas é a sede.
Dor muscular tardia: geralmente
se inicia algumas horas após o fim do exercício, e atinge seu ápice de
intensidade depois de 24 a 48 horas.
Educativos: são
exercícios de saltos e elevação dos joelhos que contribuem para melhorar a
coordenação, a postura, a eficiência e a economia na execução dos
movimentos da corrida. Podem ser usados como parte do aquecimento.
Endorfina: substância
produzida pelo cérebro em resposta à atividade física, com intenção de dar
prazer e despertar a sensação de euforia e bem-estar.
Ergometria: teste
de esforço realizado em uma esteira ou bicicleta ergométrica para medir o
esforço físico e os efeitos fisiológicos do exercício.
Escala de Borg: escala
em que o corredor usa sua percepção para saber a intensidade de esforço
durante o exercício. A tabela mais usada é: 0 - repouso; 1 - muito leve; 4
- leve; 6 - moderado; 8 -intenso; 10 - exaustivo.
Estar no caixote: expressão
utilizada em alguns Estados brasileiros, refere-se ao momento da largada em que
os corredores ficam cercados por outros atletas mais lentos e não
conseguem imprimir o ritmo desejado desde o início.
Estiramento muscular: uma
das lesões mais comuns entre os corredores. As fibras musculares se rompem
porque é exigida uma força além do que elas podem gerar. Costuma acontecer por
falta de aquecimento, esforço excessivo ou fadiga.
Exercício físico: é
uma atividade física planeja e estruturada, com o intuito de melhorar ou manter
o condicionamento físico.
Exercício aeróbio: tipo
de exercício em que a energia utilizada é gerada pela queima de oxigênio. Deve
ser realizado em uma intensidade baixa ou moderada, e pode ser mantido por um
longo período.
Exercício anaeróbio: tipo
de exercício em que a energia utilizada independe do oxigênio. É uma
atividade de curta duração e alta intensidade, que libera mais ácido
lático do que o corpo pode eliminar. Isso provoca a o cansaço.
Fartlek: tipo
de treino em que o corredor alterna ritmos fortes e leves a cada
determinado espaço de tempo ou distância, mas sem fazer intervalos.
FC Máx: sigla
de “frequência cardíaca máxima”. Determina o limite que os batimentos do
coração podem chegar com segurança durante o exercício físico. Pode ser
obtida pelo teste ergoespirométrico ou estimada por fórmulas matemáticas.
Frequência basal : é
a frequência cardíaca em repouso. Seu aumento é um indicador de cansaço.
Gasto calórico: aponta
quantas calorias o corpo gasta durante um determinado tempo de exercício.
Glicogênio muscula r: é
o principal combustível do corpo durante a prática de atividades físicas. É
estocado no organismo com a ingestão de alimentos ricos em carboidratos.
Hidratação: é
a reposição de líquidos no organismo.
Hipertrofia muscular: é
o aumento da massa muscular em resposta ao treinamento de força.
Índice de massa corporal : é
a relação do peso (kg) sobre a altura (m), e indica se uma pessoa adulta está
obesa, acima do peso, ou abaixo do considerado saudável.
Intervalado: também
conhecido como treino de tiro, tem como principal finalidade melhorar a
resistência ao ácido lático e a velocidade do corredor. Nele o atleta
corre em alta intensidade durante um determinado espaço de tempo
ou distância e faz um intervalo, que pode ser uma pausa, uma caminhada ou
uma corrida leve, entre uma repetição e outra.
Jogger: pessoa
que pratica a corrida apenas por prazer, bem-estar ou para perder peso, sem se
preocupar com o desempenho.
Limiar: é
a frequência em que ocorrem mudanças cardíacas que alteram a fonte de
energia usada pelo corpo.
Limiar aeróbio (L1): faixa
de frequência cardíaca em que o atleta passa a fazer o exercício aeróbio.
Limiar anaeróbio (L2): faixa
de frequência cardíaca em que o atleta passa a fazer o exercício anaeróbio.
Longão: tipo
de treino em que o principal objetivo é percorrer longas distâncias em um
ritmo constante. Geralmente é realizado aos fins de semana.
Macrociclo: ciclo
mais amplo da periodização, que engloba 100% do treinamento para um
objetivo específico do corredor. Composto por vários mesociclos, é
dividido em período de base, específico, competitivo e de transição.
Macronutrientes: são
nutrientes de que o organismo necessita diariamente em maior quantidade para
realizar suas principais funções. Fazem parte deste grupo carboidratos,
proteínas e lipídios.
Marcha atlética: esporte
olímpico. É uma caminhada em alta velocidade, em que o atleta não pode
tirar os dois pés do solo ao mesmo tempo.
Mesociclo: ciclo
médio da periodização, que engloba de três a quatro semanas de treinamento
para um objetivo específico. É composto por vários microciclos, e suas
variações de intensidade e volume visam a melhora da performance do atleta.
Metabolismo basal : é
a quantidade mínima de energia (calor) que corpo humano gasta em repouso para
realizar suas funções básicas, como manter a temperatura corpórea, a respiração
e a circulação sanguínea.
Microciclo: menor
ciclo da periodização, que engloba uma semana do treinamento para um
objetivo específico.
Micronutrientes: nutrientes
requeridos pelo organismo em pequenas quantidades, mas essenciais para as
funções do corpo. Fazem parte deste grupo as vitaminas e os minerais.
Muscula ção: conjunto
de exercícios realizados com auxílio de equipamentos destinado a aumentar
a força muscular.
Nutrientes: substâncias
essenciais para o bom funcionamento do organismo. São divididos em
carboidratos, lipídios, proteínas, vitaminas e sais minerais.
Overtraining: ocorre
quando o atleta exagera em seus treinamentos e não respeita o descanso
adequado. Com isso, o corpo perde a capacidade de se recuperar e existe
uma queda no rendimento. Seus sintomas são parecidos com as dores naturais de
um treino forte, mas com o tempo os problemas aumentam e o corredor pode ter
perda de apetite, dores frequentes, mudança de humor, cansaço excessivo e
aumento da frequência cardíaca em repouso.
Pace (pronuncia-se
“peice”): é o ritmo que o corredor imprime durante
uma prova ou treino, medido em quilômetros por minuto (km/min).
Periodização: é
a divisão do tempo total de preparação para um objetivo (macrociclo) em
períodos menores (mesociclo e microciclo). Visa controlar melhor a intensidade,
o volume do treino e o descanso.
Pipoca: atleta
que participa de uma corrida sem ter feito a inscrição para a prova. Em algumas
regiões do País este corredor também é conhecido como “pirata” ou “fantasma.
Postos de abastecimento: áreas
montadas ao longo do percurso de uma prova com água, bebidas
esportivas, frutas, alimentos e suplementos alimentares para que os
corredores possam se reidratar e repor as energias durante ou após a corrida.
Propriocepção: é
a capacidade de reconhecer a localização espacial das partes do corpo sem
utilizar a visão. Permite o equilíbrio postural e a execução de várias
atividades práticas do dia a dia.
Quebrar: palavra
utilizada quando um atleta perde as forças e não consegue completar uma
prova ou treino, ou precisa diminuir o ritmo para conseguir chegar até o
final.
Regenerativo: treino
de baixa intensidade que funciona como um descanso ativo para o corpo.
Normalmente é feito no dia seguinte a uma atividade de alta intensidade, e
ajuda a evitar lesões musculares e a possibilidade de overtraining.
Rodagem: treino
de corrida com distância variável e ritmo constante com intensidade leve
ou moderada.
Solto: corrida
leve e sem se preocupar com o ritmo. Geralmente é utilizada no
aquecimento, desaquecimento ou treino regenerativo.
Suplementação al imentar: é
a ingestão de produtos industrializados com o intuito de fornecer ao
organismo todos os nutrientes necessários durante o treinamento e para a
recuperação pós-exercício.
Tempo run: é
um treino contínuo de velocidade. Nele, o corredor percorre determinada
distância em um ritmo contínuo e forte, apenas um pouco acima do que ele
está acostumado a fazer em provas.
Teste ergoespirométrico: exame
que mede os limiares, o VO 2 Máx e alguns outros parâmetros importantes para a
prática de exercícios e a elaboração de um treino.
Trote: corrida
em ritmo leve e agradável, em que a frequência cardíaca se mantém estável
e, por isso, é possível realizar o exercício por um longo tempo.
Treino específico: é
realizado em percursos com altimetria e temperaturas semelhantes às da
prova, para que o atleta se acostume com as características que encontrará
no dia da corrida.
VO 2 máximo: volume
máximo de oxigênio que o corpo consegue consumir durante o exercício físico.
É um indicador de potencial do atleta e pode ser melhorado com os treinos,
mas cada indivíduo possui um limite natural.
(Matéria publicada na revista nº 86, junho de 2010)
Nenhum comentário:
Postar um comentário